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Autoridades e mães de autistas buscam políticas públicas para atendimento especializado
 
18/07/2018
Fonte: Secom CMP
Lucas:
Crédito: Ediglei Feitosa

Garantir que pessoas com transtorno do espectro do autismo (TEA) tenham melhores condições de vida.  Foi com este propósito que mães e amigos do PRO D TEA (Associação de Pais e Responsáveis Organizados pelas Pessoas com Deficiência e Transtorno do Espectro do Autismo) de Paranavaí estiveram nesta semana no plenário da Câmara Municipal para pedir apoio do Legislativo em prol do assunto.
A pedido do vereador Lucas Barone, a presidente do PRO D TEA de Paranavaí, Karina Gardin, expôs a realidade do tema e explanou sobre a urgente necessidade da representação e defesa dos interesses dos autistas e de seus familiares. “Pesquisas mostram que o autismo é crescente. Hoje, há cerca de 2 milhões de pessoas diagnosticadas no Brasil, e a realidade no suporte do Poder Público não acompanha esta demanda. Falta estrutura no acompanhamento da educação, no diagnóstico da saúde e no tratamento que não é adequado. [...] É relevante o aumento no número de diagnósticos no município. Nosso grupo atualmente conta com 80 mães, mas muitos outros casos ainda não foram diagnosticados ou não fazem parte deste grupo. [...] Precisamos de medidas efetivas [...] Pensar no autista hoje é pensar no futuro, é pensar em dar condições para que sejam adultos desenvolvidos, que possam conviver em sociedade, ter família e serem felizes”, disse Karina.
Segundo a ASA (Autism Society of America – Associação Americana de Autismo), fundada em 1965, indivíduos com autismo usualmente apresentam características, como: dificuldade de relacionamento com outras crianças; riso inapropriado; pouco ou nenhum contato visual; aparente insensibilidade à dor; preferência pela solidão; modos arredios; rotação de objetos; inapropriada fixação em objetos; perceptível hiperatividade ou extrema inatividade; ausência de resposta aos métodos normais de ensino; insistência em repetição, resistência à mudança da rotina; não apresenta medo do perigo; repete palavras ou frases em lugar da linguagem normal; recusa colo ou afagos; age como se estivesse surdo; e tem dificuldade em expressar necessidades; apresenta acessos de raiva, entre outras características.
Para Barone é fundamental a criação e aprimoramento de políticas públicas em prol da cidadania, educação e qualidade de vida das pessoas com autismo, com o maior número de participações das esferas governamentais por melhorias na assistência, saúde e educação, além da conscientização e realização de campanhas informativas. “Estou aqui para falar desta bandeira linda e importante que é o autismo. Uma política pública abandonada no nosso país, mas na qual o Estado do Mato Grosso do Sul tem sido referência no atendimento. Preocupados com esta causa, nós também queremos transformar Paranavaí em referência neste atendimento. Isso não é difícil, depende do nosso empenho e da Administração Pública para transformar esse desejo em realidade, para que efetivamente a política pública da pessoa com autismo possa ser trabalhada no município”, ansiou.
Lucas também informou que se encontra na Procuradoria da Casa de Leis projeto em que solicita o atendimento prioritário aos autistas em supermercados, agências bancárias, farmácias, entre outros estabelecimentos e ainda, que apresentou requerimento em nome do Legislativo em que solicita informações ao Executivo das políticas públicas de proteção dos direitos das pessoas com TEA implantas no município, assim como planejamento e atuação eficaz em busca da maximização na qualidade do atendimento aos autistas.  
O presidente José Galvão parabenizou o trabalho que o grupo vem desenvolvendo e reafirmou o compromisso na luta pela causa. “Quero dizer que esta Casa estará sempre à disposição da sociedade de Paranavaí, e de portas abertas para esta associação, porque este é um problema de todos nós. Inclusive eu tenho na família criança com autismo e tenho envolvimento com educação especial há quase 30 anos, como voluntariado pela APAE de Paranavaí”, pronunciou.
Ainda de acordo com a presidente, é preciso ampliar os serviços de atendimento ao autista e suas famílias por meio de um centro de referência exclusivo, com equipe multidisciplinar (pediatra, neurologista, psiquiatra, dentista, psicólogo, fonoaudiólogo, pedagogo, terapeuta ocupacional, fisioterapeuta e orientador familiar) que ofereça serviços especializados e garantam o desenvolvimento e bem-estar. Karina finalizou seu discurso convidando as autoridades e pais para que participem da reunião marcada para dia 24 de julho, às 15 horas, no gabinete do prefeito.

 
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Lucas:
 
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