Em defesa da educação e dos direitos aos cidadãos, os vereadores da Câmara Municipal de Paranavaí assinaram nesta semana moção de apoio aos servidores da rede de ensino pública do Paraná.
As medidas de austeridade tentadas aos servidores públicos do Paraná, em especial aos professores no início de fevereiro com o chamado pacotaço e a ausência de pagamentos de benefícios aos servidores e a manutenção das escolas foram motivos para que funcionários da educação aderissem à greve.
A categoria alega como motivos da greve o corte na demanda escolar de funcionários; falta de pagamento destinado à manutenção das escolas; de pagamento de terço de férias, promoções e progressões; retomada de projetos educacionais, superlotação de sala de aula; e a reabertura de turmas tomadas.
“Quem não luta pelos seus direitos não é digno deles”, citando palavras do jurista brasileiro Ruy Barbosa, o representante da categoria, professor Carlos Alberto João disse que os profissionais da educação estão neste momento buscando o apoio da sociedade para se posicionar a favor da educação pública. “Precisamos sensibilizar o governo para reabrir as negociações porque nossa pauta não foi vencida. Tem muitos pontos pendentes e vagos e nós necessitamos do apoio de vocês para fazer a ponte com os deputados e o governador do Estado [...] A comunidade precisa entender que estamos lutando pela qualidade da educação pública no Estado do Paraná. Nós não iniciamos o ano letivo porque não temos condições mínimas [...] As escolas não estão suficientemente preparadas para atender a comunidade em geral [...] Estamos lutando para garantir nossos direitos”, argumentou.
A greve que já passa dos 20 dias reúne cerca de 100 mil profissionais e afeta quase um milhão de alunos da rede de ensino pública do Paraná. No fim de semana, a Justiça, em caráter liminar, determinou a volta dos professores do terceiro ano do ensino médio às salas de aula, bem como 30% dos servidores administrativos. “Compreendemos que a educação é um bem comum, um direito a todos garantidos pela Constituição Cidadã. Crianças e jovens não podem ser prejudicados. É preciso encontrar uma solução. Somos solidários a causa e por isso esta moção de apoio foi respaldada por todos os vereadores desta Casa de Leis”, afirmou o presidente Mohamad Smaili.