A convite da Câmara Municipal de Paranavaí, o presidente do Centro de Apoio ao Autista (CAAP), advogado André Franco, esteve nesta semana para falar sobre os desafios e a importância da conscientização da população e a inclusão das pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Abril é considerado o mês de conscientização sobre o autismo. 

Em sua fala, Franco destacou a criação do CAAP, que visa preparar a rede de suporte, incluindo pais, professores e profissionais, para lidar com o autismo de forma mais eficaz. Ele compartilhou sua experiência pessoal como pai de um filho autista e enfatizou que o autismo não é uma doença, mas uma condição que requer compreensão e acolhimento.
“Nós não podemos aceitar que uma criança precise sair de nossa cidade para ser atendida. Que o diagnóstico do autismo leve anos para ser fechado. Que um professor diga: “Eu não sei o que fazer”, ou que uma mãe diga: “Eu não aguento mais”. Isso não é opção, é um abandono. 

O presidente do centro, também abordou a necessidade urgente de políticas públicas e do apoio da iniciativa privada, agradecendo às empresas que contribuem, visto que ainda não recebem recursos públicos. E fez um apelo para que mais empresários se unam à causa e para que os vereadores criem políticas que garantam dignidade às famílias com TEA. Pediu mais empatia e inclusão da sociedade, enfatizando que abril deve ser um mês de ação contínua em vez de um mero símbolo. 

“Precisamos de mais empatia, pois quando se trata de inclusão ou todos cabem ou nada é justo. Eu espero que abril não seja só azul. Espero que abril seja humano e que azul seja o ano todo. Mas, que este abril seja o começo de uma nova consciência. Aos pais e mães, vocês não estão sozinhos. Aos professores, nós estamos com vocês. Aos autistas, vocês são dignos de todo amor, respeito e oportunidade. À sociedade, a inclusão precisa de você. Façam a diferença”, finalizou.

Carlos Augusto Pereira de Lima, presidente da Casa de Leis, agradeceu a presença dos membros do CAAP e familiares de TEA, e se comprometeu a dialogar sempre em busca de soluções para a inclusão.