Com demanda elevada, a falta nas consultas médicas e exames ofertadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) é um problema crônico no Brasil, que tem ocasionado sérios transtornos as pessoas que necessitam de atendimento, comprometendo ainda mais o sistema público de saúde. Fato é que esta ausência prejudica o andamento das filas, onera à Administração, e debilita a saúde do paciente, muitas vezes agravando o quadro clínico e consequentemente a qualidade de vida da população.
Em Paranavaí, buscando colaborar com uma solução, os vereadores Leônidas Fávero Neto, Fernanda Zanatta e Luís Paulo Hurtado apresentaram requerimento na última sessão ordinária, acatado por unanimidade pelos parlamentares, em que solicita informações sobre o número de ausências nas consultas e exames ofertados pelo SUS.
“Estas altas taxas de absenteísmo, impedem que usuários que necessitam do atendimento tenham seus direitos protelados. Tais consequências podem não só complicar a saúde destas pessoas como até custar/ceifar vidas”, explicou Leônidas.
Na matéria, os propositores indagam à Secretaria Municipal da Saúde, o número de pessoas que não compareceram desde janeiro de 2022, se há o pagamento destes atendimentos mesmo na ausência dos pacientes, e se a secretaria já adotou algum procedimento em relação a esta questão. Por fim, questionam a possibilidade da Administração Pública promover campanhas institucionais quanto ao tema e pedem o envio de documentos relativos ao assunto.
Segundo levantamento realizado pela secretaria competente, de janeiro a abril deste ano, 2.127 pessoas faltaram às consultas médicas e 12.122 não compareceram aos exames agendados. Os casos mais graves são consultas com especialistas na área da oftalmologia, pediatria e psiquiatria, além das sessões de fisioterapia que somam 2.239 ausências.
Uma das soluções apontadas é uma plataforma de agendamento e confirmação, e na véspera o envio de mensagem via SMS, aplicativo ou até mesmo ligação telefônica. No entanto, para que isto ocorra é necessário que o cadastro dos usuários do sistema esteja atualizado. “Uma boa organização é imprescindível para garantir que todos os usuários tenham acesso ao sistema. Entretanto, a população precisa também fazer a sua parte”, disse Leônidas.