“Precisamos, agora, fazer a parte que nos cabe; elaborar um plano eficiente e pensar na arborização como uma das partes vitais de Paranavaí para que não fiquemos em débito com as gerações do futuro”, argumenta Sony.
O presidente da Câmara Nivaldo Mazzin se reuniu na última quarta-feira (28) na secretária de Meio Ambiente (Seman) com a presidente do Conselho Municipal de Meio Ambiente, bióloga Sony Zerbato Felippe e o secretário da Seman, engenheiro agrônomo João Marques com o intuito de discutir melhores condições de arborização urbana da cidade de Paranavaí.
Nivaldo Mazzin foi até a Seman para acompanhar o gerenciamento das ações de manejo que estão sendo desenvolvidas, uma vez que é de responsabilidade do poder público municipal. Ele também aproveitou a reunião para dar sugestões quanto à questão das podas e cortes de árvores. “Entendemos que em alguns casos há riscos de quedas e até ameaças a fiação elétrica, mas em outros são apenas por uma questão de estética da construção ou até mesmo incômodo por parte dos moradores gerado por conta das folhas caídas no chão, nestes casos dificulta o andamento dos serviços. Tem pessoas que pedem o corte desnecessário e esquecem que a arborização é muito importante para a cidade. Precisamos pensar nisso”, disse o presidente da Câmara.
O secretário de Meio Ambiente explicou que a demanda por este serviço tem sido muito grande e em muitos casos é fundamental um estudo mais aprofundado. No entanto, os encaminhamentos estão sendo atendidos dentro do prazo legal. Marques ainda ressaltou que quem destrói ou danifica plantas de logradouros públicos e arborização urbana comete crime ambiental. E os casos de cortes e podas irregulares e envenenamentos estão sendo enviados para a Promotoria de Meio Ambiente para as devidas providências.
Como proposta para dar agilidade aos encaminhamentos e outros, a presidente do Conselho Sony Felippe sugeriu a importância de se pensar em uma alternativa diferente, como a implantação de um instituto para defender a arborização da cidade por meio de convênio com a prefeitura, embora Paranavaí já possua um Código de Arborização Urbana. “Na busca pela conservação e preservação do maior patrimônio verde, a criação do Instituto da Árvore seria uma importante conquista para nossa cidade. Paranavaí é um município muito quente e apesar da secretaria desenvolver um bom trabalho com o projeto “Adote Árvores”, o grande problema está na execução de poda e corte. Assim, verifica-se a necessidade de um planejamento urbano mais especializado, com o propósito de conservação e preservação do meio ambiente oferecendo sombra, purificando o ar, diminuindo a poluição sonora e o impacto da chuva, contribuindo para o balanço hídrico e por fim valorizando a qualidade de vida local”, explicou ela.
O instituto seria composto por uma equipe técnica que ficaria responsável pelo estudo, monitoramento, execução e fiscalização da arborização, além da educação ambiental.
“Temos instituições de ensino superior qualificadas que oferecem condições para estar dirigindo este Instituto das Árvores através de um convênio com a prefeitura. Precisamos, agora, fazer a parte que nos cabe; elaborar um plano eficiente e pensar na arborização como uma das partes vitais de Paranavaí para que não fiquemos em débito com as gerações do futuro. Uma vez que os homens passam e as árvores ficam”, argumentou Sony.